Acho impressionante a capacidade que o ser humano perdeu de ser ele mesmo.
Lendo o livro "Gente Tóxica", encontrei algo que achei relevante compartilhar, O autor aborda, além da questão relacionada a psicopatia, em como lidar com pessoas tóxicas, ele fala sobre máscaras. E sobre isso desejo escrever um pouco.
O autor acredita que em algum momento, todos nós, já nos utilizamos de máscaras para vivermos em sociedade. Entretanto, o problema talvez não seja o fato de se tê-las usado fortuitamente, mas o fato de se ter permanecido com elas como parte da identidade.
Diferencio aqui, e acredito que o autor também, máscaras, de papéis sociais. Os papéis tem a ver com o desempenho, funções pertinentes a vida de uma pessoa e não com a personalidade desta, enquanto que a máscara, mescla-se com a personalidade do indivíduo, ela se confunde com a identidade.
Máscaras são usadas para esconderem coisas que rejeitamos em nós mesmos. São usadas para escondermos algo que julgamos "feio", "errado", embora muitas vezes não o seja. Há uma necessidade de passarmos algo aparentemente aceitável ao outro, pois precisamos ser aceitos pela sociedade, a todo o custo. A questão é que ao escondermos nossos problemas eles ficam insolucionáveis, pois o que não se enxerga não se enfrenta, logo não há mudança, pois mudanças são oriundas da verdade.
O Autor descreve alguns tipos de máscaras:
Máscaras de poder. Quem usa essa máscara tenta convencer os outros de sua influência, consideram-se amigos de todos, conhecem profundamente fulano e cicrano de tal; sentem-se como íntimos de todos, poderosos, e na verdade não chegam nem perto disso.
Já as máscaras de superioridade são usadas por pessoas que precisam mostrar que tem títulos, fazem coisas importantes, precisam impressionar, sobressair, serem grandiosos, são ativistas, mas no final das contas, eles não conseguem produzir quase nada por si mesmos.
E a máscara de vítima: essa é usada para mostrar sempre o sofrimento, a fatalidade, buscar piedade. São máscaras usadas por aquelas pessoas que não assumem seus erros, suas responsabilidades, o outro é sempre o culpado por seus infortúnios, ele precisa ser o coitadinho (a). Não faz escolhas, está sempre em cima do muro, os outros escolhem por eles,os outros enfrentam, eles não. Sua felicidade não está em suas mãos, mas nas do outro.
As máscaras são prisões de identidade. É uma mentira sobre quem realmente somos. Elas se dissociam totalmente de nossa identidade, são sedutoras e facilmente aceitas.
As máscaras são prisões de identidade. É uma mentira sobre quem realmente somos. Elas se dissociam totalmente de nossa identidade, são sedutoras e facilmente aceitas.
As máscaras nos impedem de vivermos as nossas verdadeiras sensações, percepções. Elas nos tiram o prazer real da vida, de sentir, de ser, de mostrar, de fazer o que queremos. Mas quero encorajá-los a mostrarem seus defeitos e suas virtudes, paguem o preço por serem quem são, não podemos ser quem não somos e ainda assim estarmos bem, saudáveis.
É preciso coragem, consciência, indignação e um forte desejo de mudança para retirarmos as máscaras. É um processo difícil, mas importante para encontrarmos a paz.
É preciso coragem, consciência, indignação e um forte desejo de mudança para retirarmos as máscaras. É um processo difícil, mas importante para encontrarmos a paz.
Acredito, assim como o autor, que uma vez livres das aparências, da fantasia, a força sairá, livre e espontânea para seguir seu curso. A fluidez voltará naturalmente.
Por Ara Brandes
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